“Querido stresse, quero terminar a nossa relação!”

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O stresse é um tema abordado nos mais diversos contextos, desde a conversa de café até ao mundo cientifico. Embora não tenha uma explicação, pode ser considerado como uma relação entre a pessoa e o ambiente que é entendida de forma negativa pela pessoa e que coloca em risco o seu bem-estar. Ou pode ser descrito como uma reação física, mental ou emocional da pessoa a qualquer acontecimento ou mudança que exige uma adaptação.
O stresse deve ser considerado como necessário e adaptativo, e é comum a todos os seres humanos independentemente da idade, do género e cultura. Apenas em circunstâncias particulares a resposta ao stresse pode ultrapassar o limiar saudável, tornando-se assim numa possível fonte de doença.
A determinação de que uma situação é stressante depende da avaliação que a pessoa faz da situação e esta é influenciada por características como a cultura, a circunstância que desencadeia o stresse, a personalidade, a manutenção prolongada ou não do evento stressor, a sensação de controlo sobre a situação e a especificidade orgânica de cada individuo. Também a qualidade da resposta (adaptativa ou mal-adaptativa) dependerá da avaliação que a pessoa faz do acontecimento stressor.
Os sinais e sintomas associados ao stresse podem ser variados, e a resposta da pessoa ao stresse difere de pessoa para pessoa. As manifestações mais comuns de resposta ao stresse, são: isolamento, insatisfação no trabalho, aumento de consumo de álcool e tabaco, dificuldade de concentração, dificuldade na tomada de decisão e pensamentos repetitivos, períodos de cólera, diminuição da autoconfiança, sensação de instabilidade emocional, dores de cabeça frequentes, aumento da tensão arterial e alterações do sono.
A persistência dos sintomas por longos períodos de tempo pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças.
Deste modo, torna-se importante possuir estratégias que nos permitam diminuir o stresse do dia-a-dia! Ficam aqui algumas estratégias com maior eficácia que pode mobilizar, para melhorar os seus dias!
          Reconheça o stresse: apenas se controla o stresse quando a pessoa reconhece o que está a experienciar, os fatores que o originaram e a resposta.
          Faça exercício físico: melhora a resistência ao stresse, proporciona uma sensação de relaxamento e revitalização através de uma saída natural para a tensão produzida pelo corpo quando se encontra em estado de alerta.
          Relaxe: o relaxamento pode ser atingido através de técnicas de respiração, relaxamento muscular, imaginação guiada, entre outros e pode ser realizado pelo próprio ou dirigido por um técnico.
          Medite: sente-se ou deite-se num local calmo e “ouça-se”, torne-se consciente dos seus pensamentos, sentimentos e sensações sem os julgar. Observe-os apenas.
          Foque-se nas soluções e não nos problemas:aprenda passo a passo: 1. avalie os factos; 2. formule objetivos; 3. estude alternativas para resolver o problema; 4. determine os prós e os contras de cada alternativa; 5. Selecione uma alternativa e implemente-a; 6. Avalie o resultado.
          Socialize: debater um problema com um amigo é muitas vezes o suficiente para interromper o aumento da resposta ao stresse
          Ouça música: criar e ouvir música estimula a motivação, a diversão e o relaxamento. A música pode trazer alterações positivas ao estado de humor.
Se necessário procure ajuda especializada pois ter dificuldades em lidar de forma saudável com situações de stresse é comum. Pelo que pedir ajuda a um profissional de saúde mental, como um enfermeiro ou psicólogo, pode ser muito útil na resolução da situação causadora de stresse.
“A melhor arma contra o stresse é a capacidade de escolher um pensamento ao invés de outro”
William James

Veronique Rousselot Neves
Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica

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